Literatura do Folclore: Quadrinhas - A (55)


A árvore do amor se planta
no centro do coração.
Só a pode derrubar
o golpe da ingratidão.



A caixa que não tem tampa
fica sempre destampada.
Dá-me um sorriso dos teus
porque não quero mais nada.



A cantar ganhei dinheiro,       
a cantar se me acabou.           
O dinheiro mal ganhado,           
água deu água levou.



A cantiga que se canta
não se torna a recantar.
O amor que se despreza
não se torna a procurar.



Aceite estes meus versinhos,
que são rimados por mim.
Meu amigo, não repare,
só pude fazer assim.



Açucena quando nasce
longe do pé bota flor
na ausência se conhece
quem é firme no seu amor.



A desgraça do pau verde
é ter o seco encostado.
Chega o fogo, queima o seco,
fica o verde sapecado.



Adoro-te tanto, tanto,
ó meu grande e doce bem.
Mas, se um dia tu morreres,
de tédio morro também.



A dor, por maior que seja,           
se comprime, se contrai.           
Eu nunca vi dor no mundo       
que não coubesse num ai.           



Agora vou-te amar sempre
ou nunca te vou amar
traiçoeira me tornaste
farei como me agradar.



Alecrim da beira d’água
folha cai, cai
que moço bonito
pra ser genro do meu pai.



Alecrim, na beira d’água,
bate o vento, está tremendo.
Assim, são as mocinhas
que de faceiras estão morrendo.



Alegria dos casados
são os três dias primeiros.
Depois andam só chorando
pela vida de solteiros.



Alegria dos meus olhos
é ver a quem quero bem.
Quando não vejo quem quero,
não quero ver mais ninguém.



Alma no corpo não tenho,
são dois pontos delicados.
Os que amam são sem conta,
os que sabem são contados.



Amar, e não ter ciúmes,      
e que me quer muito bem,
quem não zela o bem que ama,                
muito pouco amor lhe tem.           



A maré que enche e vaza
deixa a praia descoberta
vai-se um amor, vem outro
nunca via coisa tão certa.



Amar e saber amar,        
minha existência é fingida.           
Sou como o tronco quebrado,        
que dá sombra, sem ter vida.             



Amar-te-ei, nunca ou sempre,
sempre ou nunca te hei de amar,
mas não me peças medidas
que o crer não sabe contar.



A menina que eu namoro
é que me quer muito bem.
Tem um sorriso, que adoro,
e vinte contos também.



Amigas, sempre amigas.
Amigas sempre seremos.
Amigas até a morte,
amigas morreremos.



Amigo é nome sagrado,
gravado no coração.
Amigo é um ser estimado,
amigo é quase irmão.



Amigo, não volte nunca       
aos teus amores passados.               
Os mortos, por mais queridos,           
devem ficar enterrados.



Amigos, são todos eles,
como aves de arribação:
se faz bom tempo, eles vêm;
se faz mau tempo, eles vão.



A minha mãe é uma heroína,
carinhosa e legal.
Me trata com um jeitinho
que é muito especial. 



A minha maior riqueza
é você, mamãe querida,
Sou feliz porque lhe tenho,
cuidando da minha vida.



À minha querida mamãezinha,
que é tão linda como a flor,
eu ofereço esta lembrancinha
que foi feita com muito amor.



Amor, amor verdadeiro,
como a gente sonha e quer.
É trevo de quatro folhas
no coração da mulher.



Amor, com amor, se paga.
Nunca vi coisa tão justa.
Paga-me contigo mesmo,
saberás quanto te custa.



A mulher é como a rosa
esbanja amor e carinho.
Mais quanto é mais formosa,
mais espeta seu espinho.



Ande por onde andar.
Viva por onde viver.
Se mil amigos eu tiver,
de ti não vou me esquecer.



Andorinha no coqueiro,
sabiá na beira-mar,
andorinha vai e volta,
meu amor não quer voltar.



Andorinha no terreiro
traz notícias do meu bem
se está morta, se está viva
se está nos braços de alguém.



À noite, quando me deito,          
eu rezo à Virgem  Maria,       
para sonhar, toda à noite,          
com quem penso todo o dia.          



Ao papai, de coração,
eu desejo, neste dia,
muitos anos de existência,
saúde, paz e alegria!



Ao papai do céu, eu fiz
uma prece, uma oração,
protegei a mamãezinha
que guardo no coração.



Ao papai eu ofereço,
todo o carinho do meu coração.
Você, que me alegra a vida,
receba a minha gratidão.



A porta abre,
a janela cai;
a cabra morre,
a morena sai.



Aproveita, minha gente,
aproveita e não demora,
que a banana está acabando,
e meu carro tá indo embora.



Aqui tens a minha mão,
ajunta palma com palma.
Domina o meu coração,
toma posse de minha alma.
 


Aqui tens a minha mão,
cinco dedos, cinco unhas.
Se queres casar comigo,
vai chamar as testemunhas...



Aqui tens meu coração,           
e a chave para o abrir.           
Não tenho mais que te dar          
nem tu o que me pedir.          


A rendeira troca os bilros,
cresce a renda na almofada.
Quem dera a linda rendeira
fosse minha namorada.


A roseira, quando nasce,  
toma conta do jardim.
Eu também ando buscando
quem tome conta de mim.


A saudade é a luz da lua,
luz que a tristeza gelou,
a iluminar os caminhos
por onde o sol já passou.


As estrelas do céu correm
eu também quero correr
elas correm atrás da noite
e eu atrás do bem querer.


As estrelas nascem no céu,
os peixes nascem no mar.
Eu nasci neste mundo
somente pra te amar.


As flores que tu me deste
murchas, tristonhas, sem cor,
são como as almas sem alma,
são como as almas sem amor.


As rosas é que são belas.
São os espinhos que picam.
Mas são as rosas que caem,
são os espinhos que ficam.


Até no alto
eu vou contigo,
do alto pra lá,
não tem perigo!


Atravessei a Paraíba
em cima de uma canoa
arrisquei a minha vida
por um namorico à toa.


A vida é como um rosário
que rezamos cada dia.
Depois de dez amarguras,
vem um dia de alegria.


A vida é um sonho lindo.
A vida dura um momento.
E a vida é tão bela
que não sai do pensamento.


A vida é tal qual a noite,
descendo nos coqueirais.
Mas é, na noite bem negra,
que as estrelas brilham mais.


A vida é uma equação.
A felicidade é o X.
Quem conseguiu resolvê-la
é deveras muito feliz.

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...