Andarilho de uma madeira (Dantas de Sousa) - poema

Andarilho, por onde andou,
ou sempre esteve aqui?
Anos trafego pelo balneário
e nunca saiu você daqui
enquanto me via a vir.

Nem eu era amigo seu,
nem tampouco conhecido
de você, ao vê-lo de pé,
com a madeira a se deteriorar,
as mãos com o espectro de livro.

Padre, frade, ou monge.
Místico, monástico, ou em missão.
Talvez entrega, promessa, ou magia.
Talvez o desprezo pela sua corrosão.

Há poesia neste poema.
Daí se gesta a visão do poeta
ante ao andarilho de uma madeira.

A não haver semente de poema,
a poesia se alimenta de prudência
para se despertar suplementada.

JN. Dantas de Sousa, Eurides



No balneário do Caldas do Bom Jesus dos Aflitos - Barbalha - CE/BR

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...