Flor se parece gente,
gente se parece flor
aos ventos da vida
a vagarem.
gente se parece flor
aos ventos da vida
a vagarem.
A rosa linda, cheirosa,
pois alguém se fere
é pelo ciúme oculto
em seus espinhos.
pois alguém se fere
é pelo ciúme oculto
em seus espinhos.
Prende o suave lírio
o olhar de todos
na alvura cândida
o olhar de todos
na alvura cândida
de sua veste.
A margarida, que carinho,
livre, sem preocupação,
como gente simples
do campo.
Há aquela que,
ao se ir à luz, se veste
de traje de gala para
na noite se agasalhar.
No caminhar do mundo,
flor se parece gente,
gente se parece flor,
a vagarem...
flor se parece gente,
gente se parece flor,
a vagarem...
JN, Dantas de Sousa, Eurides.