Conversa em bodega 1 (Dantas de Sousa) - crônica

Na  bodega  de Joquinha,  entrou  Doquinha-doido com vontade de beber a cachaça de que ele mais gostava: a do Brigadeiro.

- Bota aqui pra mim, Seu Joquinha. - e Doquinha-doido, nervoso do vício, deu três tapas no balcão da bodega, chega assustou o bodegueiro e o vendedor de mercadorias ao dono da bodega.

Pedindo licença ao vendedor, Joquinha foi buscar a garrafa. Voltando para o balcão, derramou a cachaça diante de Doquinha-doido. Marcou o tanto da dose no copo, derramando-a na madeira do balcão.

- Pera aí, Seu Joquinha.  -  protestou Doquinha-doido, de olhos arregalados.  - Que estrago danado o senhor fez?

- Mas foi você que mandou eu botar em cima do balcão. Agora, beba.

-  O senhor é muito do ingnorante, Seu Joquinha.

- Ignorante, não. Só faço ensinar burro aprender a andar.

Doquinha-doido saiu porta afora se tremendo e a jogar desaforos para Joquinha. 

JN. Dantas de Sousa, Eurides.

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