Conversa em restaurante 2 (Dantas de Sousa) - crônica

No restaurante do bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte, dois estudantes da área de saúde conversavam:

- Onde você foi ontem, cara? Eu não lhe vi de jeito nenhum, meu. Eu pensava que tu tava no shopim, assistindo o filme massa, que tá passando lá, tá ligado?

- Já eu fui num barzinho com as minina da faculdade. Lá é um canto massa, dá pra nós e a moçada tirar um reláquis. Tu precisa ver como é massa lá.

- E aquela tua Gil, meu? Você tá ou num tá mais ficando com ela? Já pulou fora? Bate pra mim só: inda dá uns rolé nela, cara.

- Como você é meu peixe, tá ligado, posso confiar. Ela é que eu estou mais tempo. Já fui afim dela, cara, tá ligado? Eu queria era só mesmo pra ficar.

- Como eu queria ser como tu? Você sabe das coisa. 

Na mesa ao lado, sorri para minha mulher diante de mim, apreciando o cardápio, ao gosto dela. E comentei a ela baixinho (respeito o ignorante por ser ele grosseiro): - como se arraiga, no Brasil, vulgarismo no falar e no escrever. Desrespeito a normas da Língua há na multidão dos que correm atrás do nome de “doutor”.

JN. Dantas de Sousa, Eurides.

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