Na noite que me veste
a lua cheia, desaparece
da lua a saudade de outrora.
Sorrio. Não sei o que me espera
nem sei quem a me esperar vem.
Entre o que vai e o que vem,
que cortina incógnita detém
a brisa alheia do meu pensamento?
Paro. Não sei quem me chama
nem sei quem a me chamar vem.
Atropela, coração, meu peito inflado.
Mais triste do que desejar ser
é sentir o desejo de nunca ser.
Durmo. Não sei quem me despertará
nem sei quem a me magoar vem.
JN. Dantas de Sousa, Eurides