Literatura do Folclore: Ditados e Provérbios: E2 (100)

Em casa alheia, brasa no seio.
Em casa cheia, depressa se faz a ceia. 
Em casa de caboclo, um é pouco, dois é bom, três é demais.
Em casa de enforcado, não se fala em corda.
Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Em casa de Gonçalo, canta a galinha, mas não o galo.
Em casa de honrado homem, os que trabalham não comem.
Em casa de mulher rica, fala o marido e ela grita.
Em casa de músico, até o gato mia por solfa.
Em casa de papudos, não se fala em papos.
Em casa de paridas e doentes, o assento não esquentes.
Em casa de pobre, ao meio-dia, mosca faz samba debaixo da panela.
Em casa de pouco pão, todos brigam e nenhum tem razão.
Em casa de um honrado homem, os que trabalham não comem.
Em casa de vilão, nem gato, nem cão.
Em casamento e velório, sempre há falatório.
Em casa onde falta o pão, todos brigam, ninguém tem razão.
Em casa onde mulher manda, até o galo canta fino.
Em cima da morte, à procura da sorte.
Em cima da morte, ganhando o pão da vida.
Em cima de queda, coice.
Em dar e tomar, é fácil errar.
Em dia de festa a barriga atesta.
Em duras camas, dormem-se alegres sonos.
É melhor apelar a Deus do que a seus santos.
É melhor dar do que receber.
É melhor errar com muitos que acertar com poucos.
É melhor evitar um mal do que ter de remediá-lo depois.
É melhor passar por ignorante uma vez do que permanecer ignorante para sempre.
É melhor perder do que não competir.
É melhor praticar uma virtude perto de casa do que andar léguas somente para queimar incenso.
É melhor prevenir que remediar.
É melhor ser amado do que temido.
É melhor ser bom que de boa raça.
É melhor ser considerado íntegro do que ser amado.
É melhor ser filho de pobre que ser escravo de rico.
É melhor ser inimigo do que um falso amigo.
É melhor ter inimigo do que ter falso amigo.
É melhor ser invejado que lamentado.
É melhor uma amiga na sombra do que uma sombra amiga.
É melhor uma boa morte do que uma ruim sorte.
É melhor uma ruim acomodação que uma boa questão.
É melhor um ovo hoje do que uma galinha amanhã.
É menos prejudicial um assassino do que um caluniador.
Aquele somente causa uma morte; este é causador de mil.
É mesmo que espada em mão de caboclo.
É mesmo que um burro espiando para um palácio.
Em falta de arroz, quirera serve.
Em falta de farinha, cureira serve.
Em feira de gado, palavra é dinheiro.
Enfermo impaciente faz o médico cruel.
Em festa de formigas, não se elogia tamanduá.
Em festa de jacus, não entra nambu.
Em festa de ratos, não sobra queijos.
Em festa de sapos, cobra não tem vez.
Em homem deitado não se dá.
Em longa geração, há conde e ladrão.
Em mato que não tem onça, veado folga e escaramuça.
É minha pátria onde me dou bem.
Em mulher e freio de carro não se deve confiar.
Em mulher não se bate, nem mesmo com uma flor.
Em outubro manda o boi para o palheiro e o barco para o muro
Em pau caído todo mundo faz graveto.
Em pé de pobre é que sapato aperta.
Em pé de pobre todo sapato serve.
Em poço (rio) que tem piranha, macaco toma água de canudinho.
Em poder e se abster é que está o vencer.
Em política, um erro é pior que um crime.
Em pouco, muito se diz.
Em restaurante que serve farofa, não tem ventilador.
Em rio que tem piranha, jacaré nada de costa.
Em roçado queimado é que a gente planta.
Em Roma, sê romano.
Em saco de estopa e negro barbado, ninguém se fie.
Em sítio de pobre, chuveiro é temporal.
Em sua casa, cada um é rei.
Em tempo de figos, não há amigos.
Em tempo de guerra, não há capitão.
Em tempo de guerra, não se limpam armas.
Em tempo de guerra qualquer (todo) buraco é trincheira.
Em tempo de guerra, urubu é frango.
Em tempo de guerra, voam mentiras por mar e por terra.
Em tempo de inverno, ninguém se fie em Deus.
Em tempo de murici, cada qual cuide de si.
Em tempo de seca, de bicho de cabelo só quem escapa é escova.
Em tempo de seca, de bicho de fôlego só quem se salva é fole.
Em tempo de seca, de bicho de pena só quem escapa é (escova) espanador.
Em tempo de seca, de quatro pés só fica tamborete.
Em tempo de seca, só quem escapa é padre e jumento.
Em terra aonde a gente não vai, banana dá na rama e feijão na raiz.
Em terra aonde eu não vou, dendê dá na raiz.
Em terra de café, não há fé.
Em terra de cego, quem é cego não faz mais que a obrigação
Em terra de cego, quem tem um olho é anormal.
Em terra de cego, quem tem um olho é caolho.
Em terra de chapinha, quem tem cabelos cachos é rainha.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.
Em terra de gavião, galinha não vinga pinto.
Em terra de mouros, cristão é mouro.
Em terra de mudo, gago é locutor de futebol.

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...