Na nostálgica noite negra do nada,
a sós, sem você, o silêncio e a solidão
sentam-se, satisfeitos, no sofá da sala.
Um lampejo de luz vem de longe,
vagando, voando no vento vazio,
rasga a réstia do meu repouso.
Choro, xingo, mexo, remexo-me.
Bravo, brado, brigo, embriago-me.
Sou sombra a sós, solidão no silêncio.
JN. Dantas de Sousa, Eurides