Vem-me
à lembrança uma historieta que eu lera há décadas. Ou melhor, próximo ao fim de
1969. Entretanto, antes de mostrá-la, alerto para o desenvolvimento do espírito
humano. Afinal, o homem também pode conhecer e explicar a Natureza por meio da
observação e da experimentação, ao buscar descobrir as leis que regem os
fenômenos. Tais leis, chamadas leis naturais, são invariáveis e não podem ser
alteradas pelos homens. Assim, após esse meu preâmbulo, relevado pela sucinta exposição
filosófica, eis que inicio a minha historieta.
Certa
vez, um chefe de tribo africana, precisava mandar urgente uma mensagem aos
deuses. Havia naquela tribo a crença que o indivíduo morrendo ia imediatamente
para o reino dos deuses.
Então
o chefe da tribo mandou chamar um dos seus súditos. Segredou-lhe ao ouvido o
recado que desejava enviar à divindade. Após isso, cortou a cabeça do seu mensageiro.
Mas logo a seguir lembrou-se de que tinha mais coisas a dizer à divindade. E não teve dúvida: chamou outro súdito. Novamente, segredou-lhe ao ouvido o recado. E disse-lhe: “Vai”. Ato contínuo, decepou a cabeça do segundo mensageiro enviado aos deuses.
Mas logo a seguir lembrou-se de que tinha mais coisas a dizer à divindade. E não teve dúvida: chamou outro súdito. Novamente, segredou-lhe ao ouvido o recado. E disse-lhe: “Vai”. Ato contínuo, decepou a cabeça do segundo mensageiro enviado aos deuses.
JN.
03/2024. Dantas de Sousa Eurides.