O Folclore mantém a tradição de um
povo. Expressa a sua cultura e a sua história. Ele é a fonte de onde jorra o
conhecimento das nossas origens. Daí, o Folclore e o seu estudo
artístico-científico constroem a base para a identidade, de geração a geração,
das nações e da Humanidade.
De acordo com estudiosos e
pesquisadores do Folclore, as criações culturais de uma comunidade, de uma
nação, resultam-se em um conjunto de atividades, catalogadas em categorias de
atividades culturais, assim determinadas a seguir:
- Arquitetura e decoração:
jardinagem, fachada de casa residencial, objeto de enfeite caseiro, painéis e
pintura em tecido e barro, etc.
- Artesanato e adereço: estátua,
brinco, bolsa, “souvenir”, utilidade doméstica, objeto de usos de fabricação
caseira, etc.
- Coreografia: maneiro-pau, reisado,
pastorinha, maracatu, etc.
- Crendice e Religiosidade: oração,
reza, benzimento, mandinga, novena e novenário, promessa, superstição, evocação
de mortos, ritual, feitiço, magia, etc.
- Culinária: comida, suco, bebida
alcoólica, biscoito, bolo, lanche, drinque, etc.
- Esporte: capoeira, ciranda, futebol,
pelada, cavalgada,.etc.
- Evento: procissão, aniversário e
casamento, exéquias, leilão, desfile cívico-militar, festa religiosa, romaria,
turismo, piquenique, etc.
- Linguagem popular: informalidade,
expressão, lugar-comum, regionalismo linguístico, etc.
- Literatura: poema (quadrinha;
embolada, martelo, etc.) e prosa (conto, crônica, anedota, piada, lenda,
adivinha, parlenda, ditado, provérbio, parábola, etc.
- Lúdica: brincadeira, jogo,
vaquejada, parque de diversão, baile, forró, etc.
- Medicina popular: erva medicinal,
chá, pomada, raizada, lambedor, unguento, etc.
- Música: canção (letra/música),
balada, aboio, toada, xote, xaxado, baião, cantoria, etc.
- Ofício e arte: objetos para pescar,
prenseiro, agricultor, pecuarista, criador de animais, ferreiro, etc.
- Vestimenta: de vaqueiro, de noiva,
de calçado, etc.
Importante ressaltar que essas
categorias culturais (que mais poderão relacionar) constituem as manifestações
folclóricas e, por sua vez, podem interpenetrar-se e aglutinar-se, tais como se
destaca numa “festa religiosa”: categoria de evento, crendice e religiosidade,
literatura, música, coreografia, artesanato, culinária, etc.
Estudemos a ciência Folclore.
Pesquisemos as várias criações da arte folclórica. Sejamos folcloristas. Sobretudo
defensores das artes tradicionais de um povo, de uma nação, da Humanidade.
Cuidemos para não deixarmos que
criações artísticas as quais perderam no tempo o nome do seu criador, e se
tornaram de domínio público, não sejam usurpadas por quem se denomina ser dono
de sua titularidade.
Exemplo, na Literatura do Folclore, um conto folclórico é todo aquele que não há autor, ou melhor, autor desconhecido, autor anônimo. A esse tipo de conto, pois, a ciência do Folclore o adota e autoriza ao folclorista defendê-lo e asseverar-se.
JN. Dantas de Sousa, Eurides.