Sabedoria se observa no homem que se casa e se torna
digno de sê-lo chamado de justo. Ele, na verdade, confia em Deus. Espera e se
sente protegido pelo autor da vida. Da sua boca, expressa ele o graças a Deus.
Devido a isso, amigos chegaram a lhe debochar. Mas ele sempre resistiu aos
ímpios, hipócritas.
Um dia, ele encontrou uma adolescente a florir-se da
primavera matrimonial. Namoraram, noivaram e casaram-se. Seguiram a tradição.
Enfrentaram a poderosa tentação carnal. A coroação se deu no dia solene do Matrimônio.
Cumpriram o preceito divino de serem eles dois uma só carne. Prometeram serem
fiéis um ao outro até a morte. E, assim, trouxeram à vida seres humanos
saudáveis: quatro filhos, três homens e uma mulher.
Ele, até a morte, tratou a esposa com carinho, dedicação,
através de palavras e ações. Todo seu suor se dirigia para o sustento e o
bem-estar da sua família. O objetivo familiar realçava o zelo dele para
sedimentar, no seu lar, valores humanos, prática religiosa, conservação dos
dons do espírito, eternização do Bem e do Reino de Deus. Como notável conservador,
primava em obedecer a Deus e a educar a família conforme ensinamentos dos
antecedentes. Além disso, incentivou a defender a propriedade privada e a
defesa da nacionalidade. Lutou a favor da liberdade. Fiel ao catolicismo,
dedicou-se a anunciar os ensinamentos de Jesus Cristo e a propagar o grande
mistério da Santíssima Trindade.
Ele foi chamado, pelos quatro filhos, de papai. Para
ele, pai é só um: Pai Eterno. A ele e sua companheira, bastavam-lhes o
carinhoso papai e mamãe. Se ensinaram aos filhos o respeito e a obediência a
Deus e aos pais, também lhes mostraram normas de boa convivência com os outros.
Participaram da vida escolar dos filhos e incentivaram-nos a não se desviarem
do caminho do Bem e repelirem tudo o que se leva ao caminho do Mal e das
armadilhas e insídias do maligno.
Deixou ele seu diário, que o entregou, antes de morrer, a um dos seus filhos. Esse filho, um caro amigo meu, deu-me para lê-lo. Após leitura de todo o texto, incentivei-me a escrever esta crônica. Em certo momento da leitura, deparei-me com a afirmação: sou idoso. Prosseguindo, ele afirmou que, desde jovem, seguiu a trajetória dos justos, dos injustos. Observou ações de quem temia a Deus e de quem não O temia. Admirou-se de quem aprende e pratica às leis humanas, e de quem desobedecem a elas. Ao final do diário, expôs: todo aquele que é exemplo de sabedoria, mostra às futuras gerações ser homem justo e que apreendeu e conservou ensinamentos. Além de ter se tornado um justo construtor de família. Em verdade, concluiu, justo é quem sempre confiou em Deus, quem seguiu os ensinamentos de Deus, quem nunca foi abandonado por Deus. Do mesmo modo, o justo nunca viu seus filhos a mendigarem o pão.
JN. Dantas de Sousa, Eurides.