Incognoscível (Dantas de Sousa) - poema

De súbito, meu eu se cala.
E até uma palavra ousada para,
para eu ouvir o que vagueia ao vento.

Não entendo o canto dolente
dum notívago, dentro do noturno escuro,
a inflar de superstição este solitário espaço.

Até o futuro, já presente no presente,
como semente a brotar duma rocha,
ignora a fragrância daquele vago lamento.

Quando meu eu não mais fala,
quando a palavra se cala,
navega-me a alma num mar de sofrimento.

JN. Dantas de Sousa, Eurides

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