Literatura do Folclore: As garças - conto

O rei era um bom rei. Só que ele tinha muitos inimigos. As garças, leais e fiéis, estavam preocupadas. Havia sempre a possibilidade, principalmente à noite, dos inimigos cercarem o palácio e aprisionarem o rei.

- Que deveremos fazer? pensaram elas. - Os soldados, que deveriam estar de guarda, estão dormindo. Não podemos confiar nos cães, pois estão sempre caçando e sempre cansados.  Nós é que temos que guardar o palácio e deixar nosso rei dormir em paz.

Então, as garças decidiram se tornar sentinelas do rei. Dividiram-se em grupos.  Cada grupo zelava por uma área. Em hora determinadas, elas faziam mudanças de guarda.

O grupo maior postou-se no prado, que cercava o palácio. Outro grupo colocou-se do lado de fora de todas as portas. E o terceiro decidiu ficar no quarto do rei, a fim de vigiá-lo o tempo todo.

- E se a gente adormecer? - perguntaram algumas garças.

- Nós temos um jeito de não dormirmos. - respondeu a mais velha de todas. - É só cada uma de nós ficar segurando uma pedra com o pé que estiver levantado, enquanto permanecermos paradas. Se uma de nós dormir, a pedra cairá no chão, e o barulho acordará a gente.

Todas as noites, desde então, as garças vigiam o palácio, mudando a guarda de duas em duas horas. E nenhuma deixou cair a pedra.

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