Um homem havia se casado com uma mulher que era uma boa dona de casa, honrada, porém muito gulosa. Ela, para disfarçar seu apetite, se fingia de que não tinha de se alimentar, todas as vezes que o marido a convidava para as refeições.
Apesar desse regime que a mulher fazia, ela engordava cada vez mais. O esposo fica imaginando como era que alguém podia viver com tão pouca comida.
Uma manhã, o marido resolveu se certificar se a sua mulher comia em sua ausência. Ele lhe disse que iria para o trabalho, mas se escondeu num lugar onde ele podia observar os passos da esposa.
No almoço, o marido viu a sua mulher fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas. Na merenda, ela mastigou um bocadão de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar, matou uma galinha bem gorda, ensopou-a em molho espesso, jogando para dentro da barriga com, o maior gosto. E, na ceia, já perto de dormir, ela devorou foi um prato de macaxeiras, bem enxutinhas e acompanhadas com manteiga.
Tarde da noite, o marido apareceu, mostrando-se cansado, do trabalho. E, como tinha chovido um pouco, já que ele ficara observando debaixo de uma árvore, a mulher foi logo lhe perguntando:
- Marido, você estava era trabalhando na chuva?
O marido lhe respondeu na bucha:
- Mulher, se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou.
A mulher compreendeu que tinha sido descoberta em seu disfarce. E, assim, não escondeu mais aquele seu apetite ao marido.