Literatura do Folclore: A moça e o corvo - conto

Aquela moça voltou pelo caminho, até a encruzilhada. Escolheu, então, outro dos três caminhos. E seguiu por ele, até no fim, onde encontrou uma casa. Lá, estava uma velha sentada à porta, à beira do fogo. A moça perguntou-lhe:

- É você a mãe do inajé?

- Sou eu mesma. Por quê?

- Porque vim para me casar com ele.

- Então entre. E se esconda, porque meu filho é gente muito brava.

Essa velha não era a mãe do inajé, mas sim a mãe do corvo.

Quando chegou à tarde, o filho voltou, trazendo a caça, que eram pequenos vermes. E disse para a mãe:

- Mãe, eu trago aqui uns pequenos peixes.

A mãe aprontou a caça para a janta. Quando a mãe e o corvo começaram a comer, a mãe dele lhe perguntou:

- Meu filho, se chegasse aqui alguém, vindo de outra parte, que é que você faria?

- Eu, mãe, chamava para comer conosco.

Então, a mãe chamou a moça, para comer com eles. O corvo ficou muito satisfeito, porque a moça era linda mesmo. Comeram. E, quando chegou a hora de deitar, o corvo foi deitar-se com a moça. Mas a moça o enxotou, dizendo-lhe:

- Eu não quero de jeito nenhum me deitar com você. Você é muito catinguento.

Assim, passaram a noite. Na manhã seguinte, a velha chamou a moça. E lhe pediu que fosse juntar lenha no mato. A moça foi. Mas não voltou mais.

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