Literatura do Folclore: A moça e o gavião - conto

Aquela moça tornou a voltar à encruzilhada. E, então, tomou pelo terceiro caminho. E foi por ele até o fim. Lá, havia uma casa. e havia uma bonita velha, que estava sentada à porta. A moça aproximou-se e lhe perguntou:

- É você a mãe de inajé?

- Sou eu mesma, respondeu a velha. - Por quê?

- Vim aqui para me casar com ele.

- Então entre, disse a velha. - Mas eu vou esconder você, porque meu filho é gente muito brava.

A moça se escondeu. Pela tardinha, chegou o filho da velha, trazendo muita caça. Era uma porção de pássaros. A mãe, então, aprontou os pássaros, para eles comerem na janta. E, quando a mãe e o gavião estavam jantando, a velha perguntou ao filho:

- Meu filho, se chegasse aqui uma pessoa de outra terra, que é que você faria?

- Mãe, respondeu-lhe o inajé, eu a convidaria para comer conosco.

Ouvindo isso, a mãe chamou a moça, para comer com eles. Ao ver a moça, o inajé ficou muito alegre, porque a moça era mesmo muito bonita. E ela também ficou alegre, porque esse era mesmo o inajé, que ela procurava para marido.

Quando chegou a hora de se deitarem, os dois dormiram juntos.

Mas, quando amanheceu o dia, logo cedo chegou o corvo à casa do inajé, para procurar a moça. Só que agora ela já estava casada. E aí o inajé e o corvo pegaram uma briga das grandes. E aí o inajé quebrou a cabeça do corvo. E o corvo saiu correndo apressado para casa. E, lá na casa do corvo, a mãe dele aqueceu água, para lhe lavar a cabeça. Mas a água estava muito quente. Por isso é que o corvo ficou até hoje com a cabeça pelada.

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