Literatura do Folclore: O acauã - conto

Contam que um homem saiu para caçar. E terminou se perdendo no mato. Quando a noite já ia alta, ele procurou um lugar para dormir. E, depois de encontrar um grande buraco de árvore, ele se deitou.

De madrugada, veio a cobra-grande e lhe disse:

- Arrede-se. Arrede-se daí.

O homem disse à cobra-grande:

- Não tenho para onde ir, meu avô.

A cobra-grande disse-lhe:

- Então, cheire a minha catinga.

A cobra soltou um vento e, depois, lhe perguntou:

- Está cheirando?

- Está sim. Está cheirando, meu avô.

Com o mau-cheiro, caíram todos os cabelos do homem. Mas, de repente, o homem ouviu o acauã cantar. E o homem deu um fundo suspiro e falou alto:

- Ah, meu avô. Meu avô.

A cobra-grande logo lhe perguntou:

- Aquele é seu avô?

- Dizem que sim, que ele é o meu avô. - respondeu-lhe o homem.

- Então, vá-se embora, disse-lhe a cobra-grande. - Mas não diga a ele que eu estou aqui.

O homem foi embora. E ele encontrou o acauã. E ele foi logo dizendo-lhe:

- Meu avô, a cobra-grande está ali atrás.

O acauã pediu ao homem que fosse com ele ao encontro da cobra-grande. Foram os dois. Lá, cortaram um pau e, em seguida, assaram a cobra-grande. Depois, o acauã levou o homem de volta à sua casa.

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...