Um rapaz rico e solteiro desejava casar-se. E começou a procurar uma noiva. Mandou preparar sua carruagem. E, em seguida, passou por uma rua da cidade.
Nessa rua, mandou parar a carruagem. Desceu e entrou numa casa. Saiu uma mulher bonita e agradável.
- Senhora dona, me dê um copo de água.
A mulher foi buscar um copo d’água. E ela agradou muito ao rapaz, que ficou satisfeito. Voltando para casa, ele pensou em casar com ela.
No outro dia, o rapaz foi pedir água, mas numa outra casa. E veio-lhe uma mulher ainda mais bonita e mais agradável. O rapaz ficou contente e achou que deveria casar com ela.
No outro dia, o rapaz foi pedir de beber num rancho de palha, onde ele foi servido por uma mocinha muito acanhada e bem parecida. O rapaz ainda gostou mais dessa do que das outras.
Para decidir com quem deveria se casar, procurou o padre vigário. E lhe pediu um conselho. O sacerdote lhe disse:
- Vá procurar o doutor Doido, na cidade fulana. Ele não presta atenção a ninguém e vive passeando para lá e para cá, numa calçada. Diga-lhe o que quiser e ouça o que ele lhe disser.
O rapaz tomou a sua carruagem e tocou-se para a cidade fulana. De tarde, um criado do hotel levou-o para a tal rua, onde ele viu o doutor doido, andando para cima e para baixo, falando alto. O rapaz aproximou-se dele e lhe contou o seu caso.
- Doutor, eu estou querendo me casar. E achei três mulheres, que me agradaram. Uma é mulher dama; outra, uma viúva; e a terceira, uma moça donzela. Com quem devo dar a minha mão de esposo a elas?
O doutor veio cá e foi lá. E, sem parar a marcha, respondeu-lhe:
- Quem sempre foi, sempre é. Besta velha não se acostuma em pasto novo. Quem nunca foi se vai fazer.
O rapaz tomou a carruagem, voltou e se casou com a moça donzela.