Literatura do Folclore: O jabuti e o caipora - conto

O jabuti chegou ao oco de uma árvore e pôs-se a tocar a sua gaita. O caipora ouviu e disse:

- Ninguém pode ser, senão o jabuti. Eu o vou agarrar.

Chegou à boca do oco do pau. O jabuti tocou na gaita:

“Li, ri, li, ri… / Lé, rê, lé, rê…”

O caipora chamou: - Ó jabuti.

O jabuti respondeu: - Oi.

- Vem, jabuti. Vamos ver quem tem mais forças.

O jabuti respondeu: - Vamos ver. Como tu quiseres.

O caipora foi ao mato, cortou um cipó, trouxe o cipó à beira do rio e disse ao jabuti:

- Experimentemos, jabuti. Tu na água, eu em terra.

O jabuti disse: - Pois bem, caipora.

O jabuti saltou na água com a corda e foi amarrar a corda na cauda de uma baleia.

O jabuti voltou para terra e escondeu-se debaixo do mato. O caipora puxou a corda. A baleia fez força, arrastou o caipora pelo pescoço até a água.

O caipora fez força para puxar o rabo da baleia para terra. A baleia fez força e puxou o caipora pelo pescoço até a água.

O jabuti, debaixo do mato, estava vendo tudo. E riu-se.

Quando o caipora estava cansado, disse:

- Basta, jabuti.

O jabuti riu-se, saltou à água, foi desatar a corda da cauda da baleia. O caipora puxou a corda com ele. O jabuti chegou à terra.

O caipora perguntou-lhe:

- Tu estás bem cansado, jabuti?

O jabuti respondeu: - Não. Não suei nada.

O caipora disse: - Agora, com certeza, jabuti, sei que tu és mais valente do que eu. Vou-me embora.

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...