Depois de ter morto a anta, o jabuti foi para a margem do rio e se pôs a gritar:
- Venham, venham, meus parentes. Venham.
Quem veio, porém, foi uma onça que andava por perto. Havia ouvido o jabuti. E lhe perguntou:
- Que é que você está gritando jabuti?
- Estou chamando os meus parentes, para virem comer a minha caça grande, a anta.
A onça se aproximou e perguntou ao jabuti, manhosa:
- Você quer que eu reparta a onça em pedaços?
- Quero, disse-lhe o jabuti. - Separe um pedaço para você e outro para mim.
- Está bem, disse-lhe a onça. - Então, vá cortar lenha, enquanto eu parto a anta.
O jabuti foi. Quando voltou, carregado com a lenha, não viu mais nada. A onça tinha ido embora e levara o cadáver da anta. Havia só fezes no chão.
O jabuti, muito zangado, exclamou:
- Deixe estar, onça, algum dia eu me encontrarei com você.