Era uma vez um homem que vivia do comrcio. O homem andava de um lado para o outro a vender os seus produtos. Mas, naquele dia, depois de andar muito, ele não vendeu nada. Resolveu, então, voltar para casa.
No caminho de volta, ele olhou para o horizonte. Aí, ele viu uma estrela muito brilhante e grande. Quando chegou a casa, sentiu uma enorme vontade de seguir a estrela. E, sem ouvir o pedido da sua esposa, despediu-se dela e de todos os seus cinco filhos. Aí, começou a sua caminhada atrás da estrela. E terminou levando pão, água, uns bolos e algum dinheiro, para o que fosse preciso durante a viagem.
No caminho que seguiu, passou por uma cidade. Lá, ele comprou um jumento, para carregar as suas coisas. E já estava se sentindo muito cansado.
Passado um pouco de tempo, ele viu um homem rico à sua frente. E o homem lhe disse:
- Meu senhor, eu já vi você por aqui. O senhor não é um comerciante?
- Sou, sim. - respondeu o que seguia a estrela. E, de pronto, disse para o homem rico: - Mas, agora, meu senhor, eu não tenho nada para vender.
- Quer dizer, adiantou-se o homem rico, o senhor não tem pelo menos um pão?
A minha empregada hoje faltou, e nós lá em casa não temos pão para comermos.
- Pois, meu senhor, eu tenho aqui um pouco de pão. Se lhe servir, tome o pouco que tenho.
- Serve, sim. Serve demais, meu senhor. Mas, agora, eu lhe dou em troca isto: tome esta bolsa. - e o homem rico atirou, na direção do comerciante, uma bolsa.
Ao segurar a bolsa, o comerciante lhe agradeceu o presente que o homem rico lhe atirou.
- Obrigado, digo eu. - comentou, por fim, o comerciante.
O homem rico continuou o seu caminho alegre. Foi direto para sua casa. E o comerciante, por sua vez, abriu a bolsa. E que susto ele teve na hora quando deu de cara com a bolsa cheia de tanto dinheiro.
Entretanto, sem esperar, enquanto caminhava no deserto, o comerciante foi assaltado. E só ficou com o jumento e alguns poucos alimentos.
Passados alguns dias, o comerciante chegou a Belém. E continuou a seguir a estrela. Foi então que ele viu uma gruta, com um menino numa manjedoura, e cinco pessoas, que eram os três Reis Magos, Nossa Senhora e S. José.
Os Reis Magos tinham chegado havia pouco tempo. E o comerciante, como não tinha mais nada para oferecer, deu o jumento. Naquele instante, lhe pareceu que o menino, que estava deitado na manjedoura, lhe sorriu.
Quando os Reis Magos ofereceram ouro, mirra e incenso, o comerciante notou que o menino não havia sorrido. E, então, ele chegou a uma conclusão naquele instante: que nem a riqueza, nem o dinheiro, traz felicidade às pessoas.