Roubei aquele olhar triste
na janela
e corri por um labirinto
até a minha infância.
Olhar magro
em calção e botinas
a só querer como consolo
a chupeta de sua boca.
Às escondidas
dobrei a rua - e os anos
carregando na memória
o menino da janela.
JN. Dantas de Sousa, Eurides