Quando
o vermelho do poente
desce para o coração
o vermelho do poente
desce para o coração
quando
as sombras da noite
infla-me a emoção
as sombras da noite
infla-me a emoção
vem
a mim o apogeu da dor
com a mortalha do ego.
a mim o apogeu da dor
com a mortalha do ego.
Quebra-se, assim, a porta
da tarde com a noite, na rua
de pessoas e de postes acesos.
da tarde com a noite, na rua
de pessoas e de postes acesos.
E eu, com a mão do tempo,
esfrego-a nos rostos passageiros
minha inflamável mortalha de ego.
esfrego-a nos rostos passageiros
minha inflamável mortalha de ego.
JN. Dantas de Sousa, Eurides