Poema noturno (Dantas de Sousa) - poema

O vento corre sobre a cama,
cobrindo-me de beijos o corpo,
e a fluorescente me clareia
os olhos de desejo louco.

Diante de mim, o relógio me anima
a me embriagar de saudade.
Mas só restam frases de nostalgia
sobre a laje fria da minha idade.

Este renitente calor não me deixa escutar
o que está a falar diante de minha casa,
e o meu dedo, no botão do abajur,
impede-me escrever um poema noturno.

JN. Dantas de Sousa, Eurides

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