Literatura do Folclore: Quadrinhas - C (24)


Cajueiro, meu cajueiro,
carregadinho de flor.
Eu também sou pequenininho,
carregadinho de amor.


Caminho de tua casa
tem morro que sobe e desce
no dia que não te vejo
teu retrato me aparece.


Canoeiro, canoeiro
o que trouxe na canoa
trouxe ouro, trouxe prata
trouxe muita coisa boa.


Carvalho que dá bogalho,
era a desgraça que entrou.               
Fez-lhe pena ver-me só                                   
e nunca mais me deixou.


Casada nem um só dia,
solteira duzentos anos.
Casada cheia de filhos,
solteira cheia d'enganos.


Casadinha há três dias,
ela aí vai a chorar,
pela vida de solteira
que já não torna a alcançar.


Cautela, ninguém se gabe
de ter tudo o que lhe apraz.
Quem não tem nada é que sabe
a falta que tudo faz.


Certos pontos luminosos,
que dão brilho à minha sorte,
têm semelhança com o rio
que ilumina e deixa a morte.


Chamaste-me tua vida,                          
eu tua alma quero ser.
A vida acaba com a morte,           
a alma não pode morrer.           


Choquei galinha,
nasceu peru:
vendi mestiço,
comprei zebu.


Chove, chuva miudinha,
na copa do meu chapéu.
Antes um bom chuvisquinho,
do que castigo do céu.


Coitadinho de quem canta
na porta do seu amor.
Do sereno faz a cama;
das estrelas, cobertor.


Com amor e carinho,
do fundo do coração,
batam palmas pro papai,
que é meu grande campeão.


Com jeito tudo se arranja.
De tudo o jeito é capaz.
A coisa é ajeitar o jeito,
e isso pouca gente faz.


Como duas andorinhas,
numa tarde de verão,
seremos sempre amigos,
amigos do coração.


Como o espaço não tem fundo,
é a esperança o dom bendito.
Parece a âncora do mundo,
atirada ao infinito.


Como prova de amizade,
de carinho e de gratidão,
teu nome, mamãe querida,
eu trago no meu coração.


Com pena pego na pena,
com pena quero escrever.
Caiu-me a pena no chão,
com pena de te não ver.


Com três letrinhas apenas,
- Mãe - eu sei escrever bem.
É das palavras pequenas
a maior que no mundo tem.


Coração louco a sofrer
mãos sensatas a fiar
fios alvos de algodão
que acolhem o meu penar.


Coração louco a sofrer
num quieto e mudo pranto
e as mãos calmas a tecer
lençóis de linho tão branco.


Coração, que a dois ama,
e que depois quer agradar,
não ande enganando os outros,
veja com quem quer ficar.


Coração que vive triste,
viva alegre se puder.
Coração que vive triste,
nunca consegue o que quer.


Cunhada, tanta má vida,
que me dá o vosso irmã.;
De dia tanta pancada,
de noite tanta paixão!

Texto literário de Dantas de Sousa - conto

Texto literário de Dantas de Sousa - crônica

Texto literário de Dantas de Sousa - poema

Literatura do Folclore: Conto

Literatura do Folclore: Ditado e Provérbio

Literatura do Folclore: Qual o cúmulo de...