Literatura do Folclore: Quadrinhas - N (29)


Namorei um garotinho
do colégio militar
o danado do garoto
só queria me beijar.



Não botes lencinho branco
para o lado donde ando
bate o vento, sacode o lenço
penso que me estás chamando.



Não dês a ponta do dedo
que logo te levam a mão.
Depois da mão, vai o braço,
vai o peito e o coração.



Não há machado que corte
a raiz do bem querer.
Se cortar, brota de novo.
Se arrancar, torna a nascer.



Não há tinta nessa rua
nem papel nessa cidade.
Nem caneta que consiga
descrever minha saudade.



Não me chames de senhor,
que não sou tão velho assim,
e a teu lado, meu amor,
não sou senhor nem de mim.



Não me tentes com fortuna                  
para contigo casar:                        
eu prefiro mais que tenha              
coração para me dar...                     



Não peças nunca à vida
mais do que ela pode dar.
Lembra-te que o melhor bem
não é viver, é sonhar.



Não te dou chá,
porque não tem.
Queres um beijo?
Vem cá, meu bem!



Não tenho medo de homem
nem do ronco que ele tem
o besouro também ronca
vai-se ver não é ninguém.



Naquela noite saudosa,
quando de ti me apartei,
cem passos não eram dados
quando sem alma fiquei.



Na rua não sei de onde
puseram não sei que santo.
Pra rezar não sei o quê
e ganhar não sei lá quanto.
 


Nesse dia especial,
mamãe, quero lhe dizer:
o beijinho mais docinho
eu guardei só para você.



Nesta casa tão singela,
onde mora um trovador,
é a mulher que manda nela,
porém, nos dois, manda amor.



Neste dia, papai,
eu quero, de coração,
dar-lhe um beijo e um abraço
em sinal de gratidão.



Neste domingo de agosto,
com todo afeto e carinho,
quero abraçar com amor,
com afeto e carinho.



Ninguém descubra o seu peito
por maior que seja a dor.
Quem o seu peito descobre
é de si mesmo o traidor.



Ninguém deve neste mundo
de alheias desgraças rir.
Quando o sol troveja o raio,
não faz ponto onde cair...



Ninguém se julgue feliz
por ter tudo em bom estado.
Pois vem a tirana sorte,
faz dum feliz desgraçado.



No cofre dos pensamentos,
guardei minha paixão.
E a chave do tormento
caiu na tua mão.



No coração da mulher,
por muito frio que faça,
há sempre calor bastante
para aquecer a desgraça.



No dia em que eu nasci,
um galo tão bem cantou.
Mamãe disse pro papai:
este aqui vai ser cantor.



No lugar onde eu canto,
todos me tiram o chapéu.
Cada repente que eu tiro
corre uma estrela no céu.



No mar navegam as ondas
nas ondas navegam o vento
nas ondas do teu cabelo
navega meu pensamento.



No meu carro, vou tranquilo,
tenha a estrada sombra ou luz
Pois bem sei que, ao dirigi-lo,
eu dirijo, Deus conduz.



No tempo em que eu te adorava,
rompia cercas de espinho.
Mas hoje pago dinheiro
pra não te ver o focinho.



No ventre da Virgem Mãe,
encarnou divina graça.
Entrou e saiu por ela,
como o sol pela vidraça.



Num copo de salsa verde
num copo de verde salsa
mais vale uma feia firme
que uma bonita falsa.



Nunca irei casar,
vou virar celibatário,
para eu não ouvir falar:
- Olha lá. Lá vai um otário.

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