Literatura do Folclore: Quadrinhas - O (31)


Ó alegria do mundo,
por onde é que tens andado?
Tenho corrido mil terras
e não te tenho encontrado.



O amor e a lua - é patente:
têm isso de semelhante.
Entram em quarto crescente
e saem em quarto minguante.



O amor nasce na vista
e mora no coração.
Vive da correspondência
e morre na ingratidão.



O  anel que tu me deste
era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.   



Ó cipreste verde, triste,
cópia da minha figura.
Verde qual minha esperança,
triste qual minha ventura.



O colo desta menina
é branco como algodão.
Tem a beleza das garças,
voando pelo sertão.



O coração e os olhos
são dois amantes leais.
Quando o coração tem penas,
logo os olhos dão sinais.



O cravo, quando nasce,
toma conta do jardim.
Eu também vivo querendo,
quem tome conta de mim.



O fiado já morreu,
foi com o dono enterrado.
Quem quiser beber cachaça
só pagando adiantado.



O filho do carpinteiro
ajuda o pai com amor.
Me lembra São José,
junto com Nosso Senhor.



Oh! Solidão, solidão...
Que enches o meu peito a arder
espetei o fuso num dedo
e nem o sinto a doer.



Olhos pretos matadores,
cara cheia de alegria,
um beijo na tua boca
me sustenta todo dia.



O maior dos meus desejos
é ver-te agora com gosto
e encher-te com meus beijos
as covinhas do teu rosto.



O melhor presente para o papai
não há dinheiro que possa comprar.
É meu carinho, amor e dedicação,
que guardo no coração.



O meu amor foi embora
pra banda que o sol entrou
o sol já foi, já veio
meu amor foi e ficou.



O meu amor me disse ontem                  
que eu andava choradinha.            
anjos do Céu me levem         
se esta cor não era minha!



O meu avental branquinho
leva tanto que contar
quando à tardinha no rio
for como sempre a lavar.



Ó morte, ó tirana morte,
contra ti tenho mil queixas.
Quem hás de levar, não levas,
quem deves deixar, não deixas.



O pouco com Deus é muito,
guardo numa mão fechada.
O pouco com Deus é muito,
e o muito sem Deus é nada.



O pouco que Deus nos deu
cabe numa mão fechada.
O pouco com Deus é muito,
o muito sem Deus é nada.



Os males que me circundam
são como as ondas do mar.
Atrás de uma nuvem vêm outras,
sem nunca poder cessar.



Os meus olhos mais os teus
grande culpa eles tiveram.
Os teus, porque me agradaram.
Os meus, porque te quiseram.



Os olhos de meu benzinho         
são joias que não se vendem,         
são balas que me feriram,         
são correntes que me prendem.            



Os olhos desta menina,
às vezes gravo na areia.
Parece malacacheta
em noite de lua cheia.



Os teus olhos, pretos, pretos,
são como a noite cerrada...  
Mesmo pretos, como são,
sem eles, não vejo nada.           



O sol vê cair a chuva,
escondido atrás da serra.
Ele sabe que, sem chuva,
não cresce a planta na terra.



Os ovos que o pato põe
eu cubro com meu chapéu
quero que você me diga
quantos anjos tem no céu.



O surdo ouviu
o mudo dizer
que o cego viu
o aleijado correr.
 


O tempo traz o tempo.
O tempo traz a saudade.
Foi no tempo de estudante
que nasceu nossa amizade.



O teu pé decerto cabe                    
num sapatinho chinês.            
Mas a vaidade não cabe         
em toda a China, talvez!



Ó trovador, professor
de poesia popular.
Com suas trovas de amor,
o povo aprende a cantar.

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