Literatura do Folclore: Quadrinhas - Q (10)

Quando eu te vi, logo disse:
lindos olhos para amar,
linda boca para os beijos,   
se a menina os quiser dar.

Quando eu vim da minha terra
tinha fama de peão
amontei num burro morto
mesmo assim caí no chão.

Quando não sei o problema,
papai me ensina com jeito.
Quero seguir seu exemplo,
para vê-lo satisfeito.

Quanta bondade e ternura
o teu coração encerra.
Mamãezinha, és para mim
o anjo bom desta terra!

Quantas vezes, junto a um jazigo,
alguém murmura...de leve:
- Adeus para sempre, amigo!
E o morto diz: -Até breve!!!

Quem quiser saber meu nome
dê uma volta no jardim.
Que o meu nome está escrito
numa folha de jasmim.

Quem tiver filhas no mundo
não fale das malfadadas,
porque as filhas da desgraça
também nasceram honradas.

Quem tiver filhas solteiras

não cuspa nas desgraçadas,
que pode em escarradeiras
ver as suas transformadas.

Quem vende fiado

perde o freguês.
Fica arruinado,
mas sabe o que fez.

Quero cantar, ser alegre,
que a tristeza não faz bem.
Ainda não vi a tristeza
dar de comer a ninguém.