Literatura do Folclore: Quadrinhas - T (18)


Tenho na minha janela
um valverde regalado,
regado com águas tristes
que por ti tenho chorado.


Ter amor é muito bom
quando há correspondência;
mas amar sem ser amado
faz perder a paciência.


Teu coração é cofre cheio
de moedas do querer bem.
Já fez rica a muita gente,
e eu nunca tive um vintém.


Teve sabor a pecado
o beijo que te roubei.
Foi um gesto malcriado,
mas te confesso: gostei.


Tico-tico na goteira
chuva fina não me molha
onde tem rapaz solteiro
pra casado não se olha.


Todo homem que diz que sim                   
depois de ter dito "não";                  
primeiro fala o orgulho              
depois fala o coração.   


Todo o resto de seu corpo
que beleza deve ter!
Mais ou menos, adivinho,
porém não posso dizer.


Trinta dias tem novembro,
abril, junho e setembro.
Vinte e oito só tem um,
os demais todos trinta e um.


Triste daquele a quem falta,
na vida, que se evapora,
uma criança que salta,        
que canta, que ri e chora!



Triste durmo, triste acordo,             
triste torno a amanhecer.              
Pra mim tudo é tristeza,            
serei triste até morrer.            


Triste sou, triste me vejo
sem a tua companhia;   
tão triste, que nem me lembro
se alegre fui algum dia.


Tu andas te gabando
que tens muito "aonde" escolhas.
Toma cuidado, não fiques
como a figueira sem folhas.


Tu de lá, eu de cá
passa o riacho no meio
tu de lá dá um suspiro
eu de cá suspiro e meio.


Tu dissestes que sou culpada,
De querer-te para mim,
Culpados são seus pais
Que o fizeram assim.


Tudo o que é triste no mundo         
tomara que fosse meu,                   
para ver se tudo junto            
era mais triste do que eu.              


Tudo o que fui e que sou
devo ao zelo e carinho.
Da minha mãezinha querida,
luz para meu caminho. 


Tu, que amas a Jesus,
que morreu por tanta gente.
Por que tu a mim não me amas
que morro por ti somente?


Tu te queixas, eu me queixo...
Qual de nós tem razão?
Tu te queixas do meu zelo;
eu, da tua ingratidão. 

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