Por trás da cortina
entreaberta,
dentro dum mundo
que se encerra
entre sombrias paredes,
entre sombrias paredes,
a sós ela reza.
No leve olhar dos anos
de materna lida,
a matriarca contempla
a cruz pesada
de materna lida,
a matriarca contempla
a cruz pesada
que diante dos filhos
ela sempre levita.
ela sempre levita.
Por trás da cortina
entreaberta,
o mesmo silente olhar
navega na solidão da tarde.
Olhar de misericórdia,
divino materno olhar!
entreaberta,
o mesmo silente olhar
navega na solidão da tarde.
Olhar de misericórdia,
divino materno olhar!
JN. Dantas de Sousa, Eurides.