Sou pedaço de vida
à procura das partes do todo.
Sou o lado da estrada
que se abraça com o outro.
Na escuridão, sou cristal.
No amor, sou banal.
Guardo lembranças de tempo
que ainda não se passou.
Sou o sopro de espermas
durante uma noite de amor.
Sou o fim destes versos
que ainda não se findou.
Sou pedaço de vida…
JN. Dantas de Sousa, Eurides