O ser humano procura aprimorar-se. Não
se entregar a cartilhas ideológicas já prontas. Não quis eu usar o diploma de
Filosofia, para ser encoleirado, subjugado, por “referências bibliográficas” e
sandices acadêmicas de intelectual materialista, ideologizado de marxismo cultural
e de baboseiras do socioconstrutivista.
Em releitura de A Política da Prudência,
do conservador inglês Russell Kirk, conservei o que todos os conhecedores de
Conservadorismo depreende após a reflexão de uma obra de conservador.
Sabe-se que a natureza humana sofre
irremediavelmente de certas faltas graves. Sendo o homem imperfeito, nenhuma
ordem social perfeita pode ser criada. Devido à inquietação natural, a espécie
humana se rebelaria sob uma dominação utópica e eclodiria uma vez mais em
descontentamento violento, ou senão, expiraria em tédio.
Procurar pela utopia é terminar em desastre,
dizem os conservadores. Logo, não somos feitos para as coisas perfeitas. Tudo o
que se pode esperar é sociedade ordenada, justa e livre. Na qual males,
desajustamentos, sofrimentos, continuarão a espreitar.
Por atenção à reforma prudente, pode-se
preservar, melhorar, a ordem aceitável. Se antigas salvaguardas institucionais
e morais, de uma nação, são esquecidas... então há o impulso anárquico da
espécie humana. A inocência é suprimida. Os ideólogos, que prometem perfeição
do homem e da sociedade, converteram parte do mundo, desde século XX, num
inferno terrestre.
Preste atenção, conservador e revolucionário, Impulso anárquico não cabe no pensamento filosófico do Conservadorismo. Repita-se com convicção e determinação: procurar pela utopia é terminar em desastre.
JN. Dantas de Sousa, Eurides